Os gastos com privacidade ao redor do mundo vão chegar a US$ 2,7 milhões (R$ 14 milhões) em 2023, bem acima do US$ 1,2 milhão em 2020, segundo aponta uma nova pesquisa da Cisco, parte do estudo Benchmark de Privacidade de Dados 2023. O documento sustenta que investir em privacidade gera confiança de usuários, clientes, consumidores, e ainda rende lucro.
“Em média, as organizações estão obtendo ganhos estimados de 1,8 vezes sobre os gastos, e 94% de todos os entrevistados acreditam que as vantagens do investimento em privacidade superam os custos gerais. No Brasil, o retorno sobre investimento em privacidade de dados é ainda maior, de 2,8”, diz o relatório da Cisco.
Não por menos, “mais de 70% das empresas entrevistadas indicaram que estavam obtendo ganhos significativos ou muito significativos nos investimentos em privacidade, como ganhar a confiança dos clientes, reduzir atrasos nas vendas ou mitigar perdas por violações de dados”.
A pesquisa foi feita em 26 países. No Brasil, 97% dos respondentes disseram que a privacidade é um imperativo de negócio e 90% afirmaram que os consumidores não comprariam de uma empresa que não garante a privacidade dos dados.
Embora 96% das organizações, globalmente, acreditem ter processos para atender aos padrões éticos e responsáveis que os clientes esperam de soluções e serviços baseados em Inteligência Artificial, 92% dos entrevistados acreditam que sua organização precisa fazer mais para tranquilizar os clientes sobre seus dados.
Entre as práticas para atingir essa maior confiança do cliente estão, por exemplo, garantir que um humano esteja envolvido no processo ou explicar com mais detalhes ao usuário como a aplicação de Inteligência Artificial funciona. No Brasil, 57% dos respondentes dizem que os clientes ficariam mais confiantes tendo mais explicação de como seus dados são tratados e 51% acreditam que essa confiança se daria tendo um humano envolvido em todo o processo.
A transparência foi a principal prioridade para os consumidores (39%) confiarem nas empresas, enquanto as organizações entrevistadas disseram que a conformidade era a prioridade número um para criar a confiança do cliente (30%).
Além do Brasil, o estudo foi feito na Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Malásia, México, Filipinas, Arábia Saudita, Singapura, Coreia do Sul, Espanha, Taiwan, Tailândia, Holanda, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnã.
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